....Há relatos de que caçadores Umedas, na Nova Guiné,
dormiam com um punhado de ervas sob o travesseiro para inspirar sonhos sobre
caçadas bem sucedidas.
Os Berbers, do Marrocos, eram conhecidos por inalar a
fumaça perfumada de poejo, tomilho, alecrim e louro para curar dores de cabeça
e febre.
Eles acreditavam que cheirando uma flor de narciso poderiam
proteger-se, e que os espíritos malignos poderiam ser expulsos do corpo pelo
perfume de benjoim queimado misturado a arruda, consumidos em chamas aromáticas.
Xamãs de regiões montanhosas fazem encantamentos sobre
folhas de gengibre, que dizem transmitir sedução ao homem que as esfrega em seu
corpo.
Na Amazônia, índios ianomâmis carregam saches de pós
aromáticos para fazer com que mulheres atraentes se joguem em seus braços.
Não somos diferentes dos povos que acreditam que cheiros e
fragrâncias interferem em nossas vidas!
Os odores pertencem ao mundo metafísico.
É o sentido da
imaginação, e da emoção!
Penetra na memória mas permanece invisível, etéreo,
intangível!
As essências aromáticas possuem personalidade!
Algumas difíceis, túrgidas, rígidas! Outras dóceis,
maleáveis e versáteis.
Muitas atraentes, chamativas, mas sem profundidade!
....Quentes, penetrantes, tenazes, pungentes.....
Um aroma
Uma presença
Um princípio
que se doa
Uma emanação
da pele
Uma linguagem
sutil
Um dano
Divino, uma embriaguez, um estado alterado....
Uma coisa secreta, que não se pode saber, a não ser por experiência!
Uma coisa secreta, que não se pode saber, a não ser por experiência!
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