sexta-feira, 24 de junho de 2016

Sobre Plantas e Saúde


O uso das planta medicinais no tratamento e prevenção de distúrbios relacionados a saúde sempre esteve presente na história da humanidade. Desde os primórdios da civilização, o uso das plantas  como recurso medicinal, ou seja, medicamentos de origem vegetal, foi muito preponderado.

Durante grande parte da história humana o uso das plantas estava associado a práticas religiosas e ritualísticas.
As civilizações antigas, como Egito, Babilônia, combinavam o poder curativo das plantas com passes de magia.
 Invocavam os espíritos que tinham a missão de expulsar o "verme" causador da dor de dente, por exemplo.

E assim a história da medicina foi sendo construída e levada adiante.
Através da busca da cura através das plantas e orações.
 Provavelmente, o primeiro tratado da história da medicina é o Papiro Egípcio.
 Fragmentos de papiros médicos contendo instruções e receitas de como preparar vários medicamentos a partir de plantas medicinais  datam cerca de 2400 A.C.
Os Egípcios já utilizavam as plantas medicinais e aromáticas na arte da cura.
Os gregos também se destacam no uso das plantas como recursos medicamentos, curativos. O pai da medicina, Hipócrates, empregava drogas de origem vegetal no trato de seus pacientes. Teofrasto e Plínio, o velho,  catalogaram uma imensa variedade de plantas, contribuindo para o conhecimento da propriedades terapêuticas dos vegetais, e dissociando a medicina das práticas de cura orientadas unicamente pela religiosidade.


No Brasil, o uso das plantas com fins terapêuticos e no trato de doenças é anterior ao início da colonização. Sem dúvida, herdamos influências da cultura indígena, africana e européia.
Os índios usavam a medicina da planta dentro de uma visão mística, na qual o pajé ou feiticeiro da tribo utilizava plantas alucinógenas para sonhar com o espírito guia, que lhe orientava através de mirações o procedimento ou erva que seria empregado na cura do enfermo.
Entre os negros, quando alguém adoecia significava que este estava possuído por mal espírito, e o curandeiro se incumbia de expulsar com o auxílio de uma planta.
O guiné, o melão de são caetano, foram trazidos pelos africanos para este fim.

A influência européia começou com achegada dos jesuítas que trouxeram plantas como a camomila, a malva, a melissa, o funcho, o alecrim, o dente de leão. A maioria das plantas medicinais de origem européia foi bem adaptada e se reproduz espontaneamente no Brasil por esse motivo.
Até os anos de 1928 o ser humano não concebia como fonte de tratamento qualquer coisa que não fosse de origem vegetal ou animal. A não ser no século XX, toda a história da medicina encontra-se intimamente atrelada às plantas medicinais.

E, que bom, que o retorno às raizes da saúde, a sua base fundamental, está cada vez mais em vigor.
No Brasil, hoje, existem diversas instituições com objetivo de realizar trabalhos com plantas medicinais, acreditando ser este um método vantajoso na busca da saúde. Muitos municípios brasileiros já incorporam o uso de plantas medicinais em Serviços Públicos de Saúde.
Estamos assistindo uma retomada e valorização do saber tradicional, valorizando o caráter científico na identificação de suas ações terapêuticas, e intencionando não apenas equilibrar doenças, mas restituir o ser humano a uma vida mais natural, e por consequência, mais saudável.
Saúde e natureza andam de mãos dadas.


Texto: ~*~ Consultório de Afrodite ~*~

Referência:
Folhas de Chá. Plantas Medicinais na Terapêutica Humana.
Fitoterapia. Abordagem Clínica





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