quinta-feira, 31 de março de 2016

Primórdios e Perfumes


As mais antigas civilizações reservaram um lugar privilegiado em seus ritos e mitologias para tratar do perfume.
O perfume representou uma arte maior para Grécia, Egito, Pérsia, China...
A Perfumaria era uma arte de origem divina, um meio de comunicação com os deuses
Na Grécia queimavam-se perfumes para os deuses.
No Olimpo eles sentiam emanações místicas.

Ainda hoje algumas tradições são mantidas.
 Pode-se encontrar um vaso de manjericão no qual deve-se passar as mãos antes de entrar em uma casa grega.
O odor protege e aproxima o anfitrião e seu visitante!
Tudo é perfume, até mesmo o amor!

As Egípcias tinham perfumes para seduzir,  perfumes para diferentes dias, para cada parte do corpo, e de acordo com seu temperamento.
Eram utilizados vários produtos do Vale do Nilo, como o lótus, a rosa, o jasmim, as resinas de terebentino....
Os Egípcios dominavam a  arte dos perfumes complexos e conseguiam até mesmo sintetizar algumas matérias primas.
O Kyphi era o mais famoso perfume, composto por um grande número de ingredientes, misturados a óleos para massagens, a gordura para os unguentos, junto com mel e vinho.



Roma, ao conquistar o mundo torna-se a dona das matérias primas aromáticas produzidas na península Italiana.
Os romanos herdaram dos gregos o gosto pelos banhos e levaram ao extremo a sofisticação das termas, tanto públicas como privadas.
O uso do óleo de oliva em massagens para conservar a pele ou como fixador de perfumes era amplamente difundido.

A massagem possuía múltiplas virtudes.
Usada inicialmente para aquecer, era praticada antes e depois das atividades esportivas.
Tinha finalidade medicinal, ou era apenas um prazer provocado ao corpo, uma terapia para o espírito, um cultivo de si.
Lucrécio e Plínio, o velho, seguindo Aristóteles e Teofrasto, acreditavam que a peste matava pelo mal odor, e por isso um meio de prevenção era cercar-se de perfumes.
Os romanos obtinham perfumes através da maceração de plantas.
As massagens com óleos perfumados, as fumigações nas termas e as vaporizações com perfumes eram os principais métodos de higiene e prazer.
O banho era a melhor profilaxia


Alexandria era a capital das fábricas de perfumes.
O mais célebre cenário de sedução, o de Júlio César , e depois de Marco Antônio, por Cleópatra, teve o perfume como personagem principal.
 Cleópatra enviou ao encontro de Marco Antônio um barco decorado, construído de madeira odorífera, e velas mergulhadas em óleo de jasmim.
Antes mesmo de vê-la, estava enfeitiçado.
 Uma obra de sedução pelo olfato; uma refeição perfumada, quarto atapetado com rosas frescas, leito e  corpo três vezes perfumado, cabelo, corpo e partes íntimas.
Irresistible


Referência

Barry, N. A arte dos Perfumes.São Paulo: Editora Senac. Boccato, 2012.

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