domingo, 30 de setembro de 2012

Relatos de um Caminhar no Sol Primaveril


Dos espaços do cotidiano, acho a praia o mais democrático
Gosto de observar o movimento dos corpos
Não como quem julga, decifra ou analisa
Mas como quem simplesmente, de maneira impessoal, experimenta.

A praia é terreno de todos
fluxo de corpos despidos
sonoridades diversas
balanço ilimitado
coletivo disperso

Composição e passagem sem fronteira
sem tempo
trajeto alheio
reflexão dilatada, provisória, singular e essencial
Coexistência de vastos mundos discrepantes harmônicos

Por debaixo da aba do chapéu
uma transeunte sem sujeito
que como quem não quer nada
na volúpia de seu prazeroso e desapercebido ócio
encontra beleza nisso tudo.